Resumo:
Por mais justo que seja a tentativa de resgatar a obra de Gilberto Freyre na ampla discussão atual sobre a modernidade brasileira, é impossível se negar o comprometimento deste autor com a estratégia de modernização conservadora, habilmente desenhada nas primeiras décadas republicanas. A partir desta preocupação o autor do artigo procura demonstrar que o modernismo constituiu um movimento que também teve importantes raízes no plano politico, pois ele estava condicionado por uma certa cultura política patriarcal inspirada nos valores hierárquicos e racistas do recém-eliminado sistema escravista. Esta cultura moldava uma estratégia de modernização que recusava colocar na mesa do debate os lemas da emancipação da sociedade civil e da universalidade dos direitos referentes à igualdade e liberdade – que são os fundamentos modernos da cidadania.
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